sábado, 14 de agosto de 2010

COMEÇA EM CASA

Cabe aos pais preparar o filho para a vida em sociedade. Mas será que as escolas desses adolescentes, como a de uso de drogas, refletem a educação que receberam? “Vários fatores levam uma pessoa ao vício – a personalidade, os amigos e até facilidade de conseguir drogas. A família exerce influência sim, mas até certo ponto”, esclarece Ronaldo Laranjeira, Psiquiatra.


A insegurança pública não diminuiu, ao contrário, talvez tenha se agravado pelo aumento do consumo de álcool e de drogas pesadas, estendendo-se às comunidades do Interior.


Mas as famílias talvez tenham que fazer um meã-culpa, sem deixarem de contextualizar o problema.


Os nossos jovens vivem em uma época em que não há mais limites, em que tudo parece ser possível, e a diversão e o prazer, às vezes, podem ser fatais. Com a inegável melhora do padrão de vida econômico da sociedade, que tem tido acesso a todos os bens de consumo, da Internet aos automóveis, tudo ficou mais fácil. Em certas cidades há festas e eventos praticamente todos os dias da semana, lotados, nem todos inseguros, é claro. Por outro lado, em algumas, há um consumo desenfreado de bebidas alcoólicas e, sendo bem realista, também de drogas, e nota-se uma liberalidade comportamental reinante. Os sites de relacionamento estão aí para comprovar os muitos excessos.


Nesse contexto, sobra pouco tempo para a convivência familiar, com a necessária transmissão dos verdadeiros valores morais. É inegável que vivemos uma crise ética, moral, e os pais, às vezes preocupados com problemas que não os afetam diretamente, dentro das próprias casas, não sabem como fazer frente, apesar da formação moral que têm e dão, a tais apelos que vêm de fora e que, muitas vezes, tiram da convivência os filhos queridos.


Estamos cumprindo corretamente o nosso papel? Estamos dando o exemplo necessário? A escritora Lya Luft, em seu recente livro Múltipla Escolha(pg.82), fala que embora não sendo onipotentes, por tudo isso, somos responsáveis(...) quem ama cuida, quem ama se informa, se interessa”.


Muitas vezes, estamos preocupados com problemas de ordem geral, com as contas públicas, por exemplo, mas não nos preocupamos com as nossas próprias contas, sucumbindo a um consumismo desenfreado. E damos o exemplo negativo.


Nos preocupamos com o aumento do consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens, mas não deixamos de oferecer o primeiro gole.


Quantos de nós têm tempo para uma conversa diária, necessária para saber o que se passa na vida dos nossos jovens e adolescentes? E quantos de nós sabem com quem saem os filhos ou aonde vão? Se a festa é segura, ou se há bebida liberada a menores de idade, ou se há, nesses locais públicos, consumo de drogas?


De nada adianta senão cuidarmos e acompanharmos de perto a educação e o comportamento dos nossos.


Não há como se pensar em uma ética ambiental global, em padrões universais de desenvolvimento econômico sustentável, sem, antes, nos preocuparmos em como atuar dentro das nossas próprias comunidades e, mais especificamente, dentro das nossas próprias casas, modificando hábitos e valores para, assim, nos relacionarmos com o ambiente que nos cerca. E, neste ambiente, nós, enquanto família, sabemos perfeitamente como agir para mudar.

(Fonte: artigo da zero hora em 20/06/10 )

Grupos de Amor-Exigente

segundas feiras as 19:30hs

na esquina da solidariedade e aos sábados 14:00hs na Uriarte.

Venha fazer parte desta família!

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