sábado, 9 de outubro de 2010

“AMOR-EXIGENTE NA EDUCAÇÃO”

O grego Esopo, 500 anos antes de Cristo, parece ter sido o inventor da parábola, pequena história, onde os animais externam sentimentos humanos. Outro representante do gênero é o francês La Fontaine (1621-1695). Essas fábulas têm atravessado gerações. Em geral, começam com a clássica “era uma vez...”.
Era uma vez uma coruja e um gavião. Na confusa parceria do reino animal, o gavião e a coruja chegaram a um acordo, um tratado de paz, fortalecendo os dois grupos, sobretudo preservando seus indefesos filhotes. Bem intencionado, o gavião quis saber como eram os filhos da coruja. Meus filhos, explicou a coruja, são lindos, engraçados, são primores da natureza. O gavião tomou nota. Dias depois, em sua caçada, encontrou um ninho e nele dois filhotes horríveis, mal feitos, tristonhos, mas saborosos... Ao constatar a tragédia, a coruja protestou contra a má fé do aliado. Não pode ser, tentou justificar o gavião, apenas devorei dois pequenos monstros, as criaturas mais feias que eu já vi...
Amar os filhos é o primeiro dever dos pais. Mas, esse amor, precisa levar em conta a realidade. Amar não é apenas querer bem, mas querer o bem. Os filhos não nascem perfeitos em sua referência moral. Eles precisam ser educados. E educar é indicar fronteiras. É saber dizer SIM e dizer NÃO no momento certo.
Antigamente os pais eram autoritários. Hoje, autoritários são os filhos. Certas correntes educacionais sustentam que os jovens não devem ser contrariados. Nunca assistimos a crianças e jovens dominando tanto os adultos, sobretudo pais e professores. Os filhos se comportam como reis, cujos menores desejos devem ser atendidos. Escritor e psiquiatra, Augusto Cury afirma: “Os pais devem aprender a dizer não a seus filhos, sem medo. Se eles não ouvirem NÃO de seus pais, estarão despreparados para ouvir ‘Não’ da vida”. No passado, noutra cultura, mas com a mesma lógica, se garantia: quando os pais não castigam os filhos, a vida se encarregará de fazê-lo.
O barco da educação é movido com dois remos. Num deles está escrito ‘AMOR’, no outro, ‘FIRMEZA’. Hoje se fala no amor –exigente. Um amor capaz de contrariar, um amor capaz de não aceitar as chantagens emocionais dos filhos. É um amor que não pensa apenas no momento presente, mas que trabalha para o futuro.
Existem pais que acham seus filhos os mais lindos e equilibrados. Eles estão sempre certos e por isso tomam a sua defesa, contra os professores e todos aqueles que pretendem educar de verdade. é a miopia da coruja, que nada ajuda aos filhos. Pelo contrário, os torna indefesos diante dos gaviões de que a vida está cheia.
Três palavras erguem a estrutura da educação: AMOR, FIRMEZA e DIÁLOGO. E quando nada dá certo, é preciso apelar para o perdão e recomeçar, com AMOR, FIRMEZA e DIÁLOGO.

“EDUCAR É INDICAR FRONTEIRAS. É SABER DIZER SIM E DIZER NÃO NO MOMENTO CERTO”.
(Fonte: correio Riograndense- Caxias do Sul)
Venha conhecer e fazer parte desta grande família: AMOR-EXIGENTE.

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