Vamos refletir...
Uma senhora estava em um
consultório médico quando chegaram dois jovens, um rapaz e uma moça. Já
sentados, trocaram algumas palavras e, em alguns minutos, cada um colocou o
fone nos ouvidos e o silêncio reinou. A senhora passou um bom tempo ainda no
lugar e não os ouviu trocar uma palavra sequer. Coisa estranha, não é?
Por que será que o som que sai
do fone é mais interessante do que a vida de quem está ao nosso lado? Por que
será que os meios que vêm para comunicar acabam nos roubando a comunicação?
Penso que é hora de darmos mais atenção à forma como temos lidado com essa
realidade e valorizarmos mais o diálogo.
Tanto as palavras como o
silêncio têm sua força, negativa ou positiva; é grande sabedoria saber usa-los,
mas é preciso usa-los. As palavras fazem parte da nossa essência, comunicar é
preciso! Com palavras nos aproximamos ou nos afastamos do outro, apaziguamos ou
ferimos. Damos ou tiramos a vida. Marcamos nossa escolhas com palavras e falar
com a vida, com paixão, com os olhos, com os gestos, com a alma e com amor é
transmitir esperança a quem nos ouve. Porém, na hora de escutar as pessoas, o
barulho das palavras não ajuda nada. E aí entra o importante papel do silêncio.
Escutar significa receber
alguém dentro de nós, em nosso coração e isso quase sempre se dá no silêncio.
Por isso, é preciso ouvir a pessoa! Não o que dizem da pessoa ou o que
imaginamos a seu respeito, mas escutar a própria pessoa. Dar tempo para a
pessoa falar. Parar o que estamos fazendo e olhar para a pessoa com a atenção
que ela merece. É mais do que simplesmente ouvir palavras, é acolher a pessoa
do jeito que ela está, com suas dores ou alegrias. É exigente, mas benéfico,
pois quando escuto o outro, aprendo com ele, cresço com suas experiências e evito
muitos erros.
Já observou que nossos
problemas, muitas vezes, tomam proporções maiores do que as reais, justamente
porque não escutamos as pessoas? Fiquemos atentos e procuremos dar mais atenção
àqueles que nos cercam. Silenciar, sim, o silêncio tem um valor incalculável,
mas que nosso silêncio não seja de indiferença e sim de acolhimento.
Saber ouvir e saber falar é
antes uma questão de respeito e amor à própria vida. Praticar essa arte é um
dom.
Viva bem o hoje; apaixone-se
pela vida. Partilhe suas lutas e conquistas. Faça pausas para escutar os outros
e, pela força da comunicação, dê mais qualidade aos seus dias e seja feliz.
--O barulho das palavras o tem impedido de ser melhor? Ou, o seu
silêncio tem produzido vida? Tenha coragem de recomeçar, silenciando. Vá ao
encontro do outro levando uma palavra de esperança.
(autor desconhecido) Fevereiro de
2014
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