terça-feira, 21 de julho de 2009

Atitude: “ACENDER A PRÓPRIA LUZ”

Normalmente, as famílias que chegam ao Amor-Exigente procuram uma solução imediata para um jovem cujo comportamento vem destruindo a todos, geralmente por uso e abuso de substância entorpecente. A pergunta é: “Que atitude devo tomar para salvar o meu filho?”

É preciso ter consciência que as atitudes a serem tomadas devem ser precedidas de uma análise da situação e que, juntamente com os membros do AE, devem traçar um plano de ação visando neutralizar de imediato, o máximo possível o comportamento destrutivo do jovem.

O envolvimento dos familiares é fundamental. Isto, na realidade, é o que chamamos de “primeiros socorros”, uma vez que a situação geralmente é muito complexa e exige uma reflexão a longo prazo. Alguns pontos devem ser observados nesta análise: 1*) O comportamento destrutivo do jovem, agora em uma fase aguda, não surgiu da noite para o dia. Existe toda uma história de vida familiar; 2*) Este jovem não nasceu de uma mangueira, ele tem uma família que certamente é parte ativa do problema.

É aí que reside o grande nó da questão: A maioria das famílias tem uma participação definitiva em tudo o que está acontecendo, seja, por antecedentes genéticos, seja por questões comportamentais. Neste momento, um ponto merece uma análise mais criteriosa; o indivíduo é na realidade, na maioria das vezes, um adicto e a compulsão desenvolvida, seja por drogas, sexo, comida, compras, trabalho, computador, Internet etc. é apenas uma face visível da adicção. Família de adicto é adicta mesma e o que muitas vezes chamamos de co-dependência é na realidade, o recrudescimento de quadros arraigados e muitas vezes velados de adicção. Aquele pai ou aquela mãe que perdem noites de sono porque o filho dependente está na rua ou sente um aperto forte no coração quando na calada da noite ouve o barulho de uma freada brusca de um carro, certamente não desenvolveu estes hábitos hoje. Isto tudo já existia sob forma de super-proteção, de atitudes controladoras e manipuladoras típicas de super-pais ou super-mães.

O grande problema é que agora tem o “bode”. Tudo gira em torno do comportamento inadequado do filho e isto dificulta a percepção do gigantesco quadro formado a partir da contribuição de cada membro da família, com suas adicções.

Até a família compreender que a mudança deve começar por cada um de seus membros, decorre um longo tempo, uma vez que toda a atenção é voltada para o comportamento destrutivo do jovem adicto. Enquanto a família não mudar, o jovem dificilmente mudará. Este processo de mudança é lento e gradual, para toda a vida, mas é gratificante. A melhor atitude, finalmente, é “ACENDER A PRÓPRIA LUZ.” (fonte:..de mãos dadas..AMAE).

Venha conhecer o Amor-Exigente! Amor-Exigente dá certo!
Grupos: segundas feiras às 19:30hs na esquina da solidariedade e aos sábados 14:00hs na Uriarte.

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