segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A LIBERDADE E O TÓXICO

Quem experimenta tóxicos sabendo que faz mal à saúde, é porque não se sente livre. Quem é livre não precisa experimentar tóxicos. A “liberdade” que se consegue através do tóxico, é a sensação de euforia química e não a verdadeira alegria da alma. Confundir a euforia química com a alegria da alma é nunca ter sentido na alma a
alegria de viver. Esta é construtiva e afasta tudo o que lhe possa fazer mal.

“Fazer o que quer “ ou “fazer o que nunca fez” sob o efeito do tóxico está longe de ser um comportamento genuíno, pessoal, pois os tóxicos alteram os níveis de consciência e distorcem a crítica da adequação. Quando voltam ao estado psíquico natural, são comuns a vergonha e o arrependimento sobre o que fizeram enquanto drogados.

Gargalhar sob o estímulo de tóxicos pode significar um choro da própria alma. Onde foi parar aquela gargalhada que, quando criança, vinha espontaneamente, lá do fundo, contagiando todos à sua volta? A hilaridade do tóxico é irreal e inadequada e provoca silenciosas lágrimas nas pessoas, que o amam.

A verdadeira liberdade permite aprender com a experiência alheia, confiando nas pessoas, não tendo que repetir os erros, que outros já cometeram, ou não precisando experimentar tudo quanto a humanidade passou, para chegar ao que é hoje. O tóxico submete o usuário a desconfiar das pessoas e a descrer dos fatos, tornando-o inseguro e insatisfeito.Assim a droga leva a pessoa à obrigatoriedade (e não liberdade) de ter que experimentá-la, para chegar às suas conclusões, que nem sempre são reais e verdadeiras.

A verdadeira liberdade é compartilhar tanto da alegria como da tristeza dos seus semelhantes, sem se sentir ameaçado, envergonhado, ou diminuído. A auto-estima, a humildade, a generosidade, o proteger (a si ao próximo), o não se expor aos tóxicos garantem a integridade da liberdade pessoal. O tóxico isola o drogado, não permitindo que as pessoas cheguem até ele, impossibilitando-o de chegar às pessoas, formando uma verdadeira cerca, que o aprisiona numa angustiante solidão.

A verdadeira liberdade é entregar-se para crescer, é frustrar-se sem se perder, é divertir-se, sendo o que é, fazer o que quiser, quando e como bem lhe aprouver. O tóxico congela o crescimento, trocando suas dores por falsos e efêmeros prazeres, enquanto escraviza a sua alma e definha seu corpo.

“LIBERDADE É AMOR...Tóxico é dor”. ( Fonte: FEBRAE: Dr. Içami Tiba)

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