segunda-feira, 14 de junho de 2010

A ADOLESCÊNCIA E AS DROGAS

“Os traficantes entram em nossas casas porque encontram portas abertas. E seduzem nossos filhos porque eles têm crescido fracos e sem qualquer esperança.”


Temos muitas dúvidas a respeito de quase todas as coisas que nos são importantes. Mas também temos algumas certezas. Uma dessas certezas tem a ver com o uso de drogas: praticamente todas as pessoas viciadas começaram a usar algum tipo de droga nos primeiros anos da adolescência, entre os 13 e os 17 anos de idade. Isto é válido para o uso de drogas pesadas, mas igualmente acontece com a iniciação do cigarro normal que, mesmo provocando poucos efeitos psicológicos, determina forte inclinação para a dependência.


Outra certeza que temos é a necessidade urgente de compreendermos melhor o que se passa na cabeça dos nossos jovens, para que possamos impedir que persista a tendência atual, que é a do uso de drogas por um número cada vez maior de pessoas, e que ela venha a envolver praticamente toda a juventude do nosso país. Teremos que providenciar novas atitudes dos pais e da sociedade, especialmente se isto puder ajudar nossas crianças a crescerem com mais força e determinação pessoal.


Sim, porque é fácil colocar toda a culpa do problema das drogas nos traficantes e outros delinqüentes que fazem fortuna com este comércio. A verdade é que eles entram nas nossas casas porque encontram as portas abertas........E isto é nossa responsabilidade. Isso é fruto da excessiva permissividade na educação que nós, indo para o pólo oposto do pêndulo em relação ao modo como fomos criados, lhes transmitimos. É hora de urgentes revisões na educação.


Além do mais, existem importantes características da adolescência que fazem com que o jovem seja presa fácil de traficantes espertos. Uma delas é a peculiar prepotência dos rapazes e moças, a tendência para acharem que sabem de tudo e que podem tudo. Gostam da idéia de que ser adulto é ter coragem para experimentar de tudo, de modo a formar juízo próprio sobre todas as coisas. O conceito geral até que é interessante, mas não vale para todas as coisas. Não tem o menor sentido testar pessoalmente o uso de drogas mais que conhecidas, tantos em seus efeitos agradáveis como em seus malefícios e seu poder para viciar. Mas a prepotência dos adolescentes não conhece o bom senso. Querem apenas afirmar sua independência em relação aos adultos dos quais efetivamente dependem.


Só faz uma verdadeira guerra de independência quem é dependente. A adolescência sempre foi um período muito difícil para os jovens, pois eles têm que assumir, mais ou menos rapidamente, crescentes responsabilidades e se encaminhar na direção da autonomia. Se a educação for muito superprotetora, os esforços em busca da individualidade são mínimos. O que acaba acontecendo é que os jovens se afastam da família e não suportam a sensação de abandono. Não podem voltar atrás e só lhes resta uma solução: substituir o aconchego familiar pelo do grupo de amigos da mesma idade. Tornam-se independentes de uma forma curiosa: têm que agir de algum modo em oposição aos valores do seu grupo de origem. O grupo de jovens se une e se torna solidário porque tem em comum comportamentos que desagradam os mais velhos. Estão prontos para agir de um jeito que os aborreça. Estão prontos para se unir em grupos que irão adorar roupas extravagantes e reprovadas pelas famílias, para fumar cigarros e para experimentar outras drogas que lhes forem oferecidas. Um certo número de jovens irá adorar os efeitos que elas provocam.


E aí........


(fonte: Internet pelo médico psicoterapeuta Flávio Gikovate)


CONHEÇA O AMOR-EXIGENTE.

REUNIÕES: segundas feiras às 19:30 hs na esquina da solidariedade e aos sábados 14:00 hs na Uriarte.

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