terça-feira, 20 de novembro de 2012

Drogas, Jovens e o Poder da Escolha

Em discussões a respeito de drogas é comum que todos imaginem situações distantes, relacionadas normalmente a marginais e problemas de desigualdade social. No entanto, é preciso também direcionar as reflexões a outros âmbitos, incluindo universidades e colégios de classe média e alta, onde o uso de drogas é freqüente.

Festas de 15 anos têm de, compulsoriamente, oferecer bebidas alcoólicas, do contrário são consideradas “caretas”. Já aos 14 anos, jovens falsificam as identidades a fim de entrarem em baladas e locais restritos àqueles maiores de 16 ou 18. dessa forma, o acesso ao álcool torna-se mais fácil e o divertimento passa a ser associado a seu consumo. Com uma iniciação tão precoce, não é raro que, pouco tempo depois, o álcool não ofereça mais a mesma satisfação de antes. Procuram-se novas formas de obter sensações: cigarro, maconha, formando-se assim um ciclo de busca de prazer interminável e viciante.

É difícil apontar as razões que explicam o porquê da disseminação dessas substancias entre jovens sem dificuldades financeiras e com acesso amplo ao conhecimento e à informação. A adolescência é uma fase na qual a juventude acredita que sabe tudo e pode tudo. Os pais deixam de ser ícones e passam a ser contestados. O adolescente ambiciona a experimentação e é nessa onda que dá o primeiro gole na cerveja e a primeira tragada. Os males que podem ser provocados não são desconhecidos. Aqueles que bebem e fumam são considerados corajosos, maduros e “deslocados” dentro dos grupos.

Fácil é apontar tudo que pode ser acarretado por esse comportamento dos jovens: desde a queda no desempenho escolar até o patrocínio do tráfico de drogas e da violência, demonstrado no filme “Tropa de Elite”. A dependencia química é uma total privação à liberdade e ao auto-controle. Ninguém escolhe ser dependente. As drogas podem acelerar e agravar diversas doenças, como a esquizofrenia, gastrite, úlcera, cirrose, etc.

É necessário, em primeiro lugar, que os próprios dependentes admitam as doenças provenientes do consumo de drogas e tenham vontade de tratá-las. Para isso, o apoio e atenção da família e dos amigos é fundamental. Aos outros tantos que ainda têm a escolha em suas mãos restam dois caminhos: descobrir que é possível uma vida prazerosa sem as drogas ou entrar para um caminho muitas vezes volta.

(Fonte: revista FEBRAE, p.10, setembro 2009)

“UM AMOR EXIGENTE PRECISA SER UM AMOR COMPETENTE, OU SEJA, CAPAZ DE FORMAR, ENSINAR E DIALOGAR”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário