O crack é derivado
da cocaína, ou melhor, é uma mistura entre cloridrato de cocaína (cocaína em
pó), bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada. Essa mistura forma a
droga que vem prejudicando muitos adolescentes e jovens viciados, em todo o
Brasil. O sofrimento das famílias em que existem dependentes da droga é
lastimável, pois manter o vício custa muito caro, tanto na parte financeira
como na saúde física e psíquica. Assim, a busca por uma “libertação” é o que
motiva muitos usuários e suas famílias, a continuarem lutando em seus
tratamentos para se livrarem do vício.
Um dos grandes
problemas do vício são as conseqüências para a saúde física, por exemplo, os
problemas cardiovasculares como aumento da pressão arterial e infartos, os
respiratórios; como lesões nos pulmões ficando vulneráveis a doenças como
pneumonia e tuberculose, os usuários podem sentir falta de ar. A má alimentação
e higienização estão cada vez mais presente nos dependentes que passam a viver
em função do crack, este pode viciar já na primeira dose. Muito presente também
os problemas psíquicos como oscilações de humor, baixo limite para frustração, dificuldades
em ter relacionamentos afetivos, além de ocorrer em muitos dos casos, psicose,
paranóia, delírio, alucinações, alguns acreditam que estão sendo perseguidos
por alguém. Todos esses problemas podem levar usuários à morte.
O consumo de crack
vem aumentando em relação à cocaína, porque ele é mais barato, mas seu efeito
dura pouco, ainda assim é seis vezes mais potente do que a cocaína, inerente a
isso a necessidade de repetir a dose faz com que o custo para o usuário seja
muito elevado. Se pararmos para analisar, parte do problema reside em manter o
uso, pois se o sujeito não tiver dinheiro começa a roubar para pagar as suas
“pedras”, eles se vêem “obrigados” a cometer atos ilegais para sustentar o
vício.
O risco de o
usuário morrer por estar envolvido em assaltos é grande, porém maior ainda é o
risco de morrer assassinado por traficantes que não aceitam ficar no
“prejuízo”, por isso muitas famílias desesperadas vendem o que tem, para pagar
as dívidas adquiridas pelo dependente. Chega um momento que não dá mais, faz-se
tomar atitudes drásticas, nestes momentos surgem as internações, os grupos de
terapia, alguns por desespero amarram os filhos dentro de casa, mas não aceitam
perder seus entes queridos para o crack.
Ainda que pareça, o uso do crack não é só um problema
familiar, mas social também, e mesmo que a sociedade e o Estado tentem se
omitir frente a essa cruel realidade, é papel de todos promover ambientes favoráveis a uma boa
formação moral e ética. Quando todos pecam na construção desses elementos
fundamentais para a sociedade, devem-se criar mecanismos para reparação dos
mesmos; como a criação de espaços que promovam a cultura, formação
profissional, desenvolvimento de iniciativas individuais e coletivas em prol da
educação escolar, ambiental e
cidadã, enfim mostrando a esses dependentes o quanto são importantes para a
sociedade, e a necessidade de reconquistar seu espaço dentro dela. E é nesse
momento que percebemos que os governos e a sociedade não estão preparados para
atuarem com eficiência, para solucionar esse grave problema.
(fonte: livro
cocaína e crack)
Nenhum comentário:
Postar um comentário