Inúmeras são as
causas da violência que vêm preocupando e desafiando toda a sociedade. Uma
delas, sem dúvida alguma, é o vício do álcool e outras drogas. É cada dia maior
o número de jovens e adolescentes que, na ilusão de encontrar a liberdade,
acabam encontrando nesse vício a mais cruel e destrutível das prisões.
O ser humano tem o
dom de buscar e reencontrar o caminho da vida, por mais distante que esse lhe
pareça. Os primeiros passos nessa direção, estão na auto-estima e na vontade de
viver.
Essa constatação vem
da nossa experiência de vários anos trabalhando na recuperação de famílias e
seus adictos.
A proposta do
Programa Amor-Exigente, está respaldada em doze princípios, os quais levam o
indivíduo a assumir novos comportamentos e atitudes.
Acreditamos que a solução
está na família. É muito importante que os pais entendam que adolescentes e
jovens, hoje, estão usando álcool e outras drogas de maneira assustadora. Os
pais precisam estar atentos ao comportamento de seus filhos aos sinais que são
enviados sutilmente e que muitas vezes não entendemos.
Você pai, sabe quem são
os amigos de seu filho? Os ambientes que ele freqüenta? Seu filho mudou o seu
comportamento, sua linguagem, oscilações de humor, apetite, apatia,
agressividade, rendimento escolar?
Os sintomas e sinais são gradativos, e por isso, os pais vão
se acostumando às mudanças e jogando tudo sobre o fator “ adolescência”. E
quando acordamos, talvez a coisa já esteja num estágio progressivo a ponto de
uma dependência.
Quando alguém da família
está drogado, toda a família fica abalada. O dependente químico é um doente e a
família vem a sofrer da codependencia, adoecendo junto.
Quem então deveria buscar tratamento?
O dependente químico
só o fará (em alguns casos), quando entrar em um nível de comprometimento já
insustentável. Antes disso ele estará se sentindo “numa boa” e será difícil
obter a sua colaboração.
A principal característica
da família do drogado é a insegurança, a impotência e o desnorteamento. Então,
em primeiro lugar, quem deve
buscar ajuda é a família. Pais, irmãos, parentes, todos devem ser tratados
primeiro, adquirir força para enfrentar a situação e evitarem as manipulações
do adicto. Todos passarão a falar a mesma linguagem. Com essa atitude estaremos
então, começando a curar o dependente “por procuração”. Estaríamos, de forma
indireta, alcançando o dependente e dando à ele a nossa verdadeira ajuda.
O usuário de droga
tem medo de fazer qualquer tipo de tratamento. Apenas no momento em que ele
percebe mudanças a sua volta, nos seus familiares, em sua casa, ele começará a
sentir, gradativamente o desejo de saber o que está acontecendo.
É importante que cada
membro da família esteja empenhado (corretamente) na recuperação do adicto. Nem
sempre se consegue a adesão e comprometimento de todos os familiares, mas a
cada um que se empenhe, melhora as chances de um caminho de volta. O ideal
seria que tratássemos a família antes de manifestada a dependência. Mas,
infelizmente a nossa educação ainda não está voltada para a prevenção de
problemas. Depois que um ladrão entra em casa é que a maioria de nós põe tranca
nas portas e assim continuaremos sempre correndo atrás dos prejuízos.
Quando uma família
vive em harmonia, em equilíbrio, fazendo valer os verdadeiros valores que regem
o bom entrosamento e interação de todos os seus membros, estará livrando dos tóxicos
os seus filhos e proporcionando-lhes melhor qualidade de vida.
colaboração dos coordenadores do Programa AE em Londrina)
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