terça-feira, 26 de junho de 2012

“.......A volta do filho para casa...(continuação da reflexão)

“ENTÃO CAINDO EM SI...” –  O MOMENTO DA DECISÃO:

JOVEM! 
Ninguém pode decidir em seu lugar. A decisão de parar de usar drogas é somente sua. Como foi sua um dia a decisão de entrar no mundo delas. É costume jogar a culpa nos outros, sobretudo nas más companhias. Essa conversa já não convence mais. Ninguém é obrigado a usar drogas. A droga pega somente se a gente quiser. Se você chegou a usar pela influencia dos outros, de qualquer maneira, a escolha de freqüentar aquela roda foi exclusivamente sua. foram as suas pernas que o conduziram àquela esquina para encontrar aquela turma.

 É justo conquistar a liberdade. Os pais devem respeitar essa decisão mesmo quando sabem que os filhos estão errando. Não dá para privar o ser humano da liberdade. Torná-lo escravo anula a essência da pessoa. O ser humano precisa ser livre para poder amar, inclusive como filho. É dessa forma que age o Pai da Parábola. Ele deixa o filho menor ir embora. Sabe que não vai dar certo, mas respeita sua liberdade. Assim fizeram seus pais um dia com você. Deixaram-no livre de decidir. Mas você cometeu o mesmo equívoco do filho pródigo. Achou que a intensidade da liberdade aumenta na proporção com a distância de casa. Quanto mais longe dos pais, mais livre. Quebrou a cara.

A relação com os pais não atrapalha nem limita a liberdade, mas a promove e a valoriza. Você é livre de fazer o que quiser, mas, se quiser ser livre de verdade deve confrontar suas escolhas com Deus e com aqueles que, desejando seu bem, podem orientá-lo em suas decisões. A Parábola revela que o sonho da liberdade absoluta pode virar um pesadelo. Nessa aventura o filho pródigo acabou esbanjando sua substancia. Perdeu tudo, até a própria dignidade. O ser humano que sai de casa chutando o balde acaba “apascentando os porcos”. 

Termina sua trajetória na solidão mais absoluta e com uma grande sensação de vazio. Vira escravo. Cuidado, portanto, daquilo que você faz de sua liberdade. Cair em si é assinar embaixo, é assumir suas responsabilidades, é aceitar sua história, é encarar a realidade. Cair em si, inclusive, é se confrontar com a verdade nua e crua, sem descontos e sem camuflagem. Seja verdadeiro com você mesmo e com aqueles que pretendem ajudá-lo.

Aquela frase que você pronuncia “Eu não sou viciado; Eu paro quando quiser!” é um tremendo equívoco. É uma baita de operação de camuflagem que serve a disfarçar a realidade. O importante é dizer a verdade. Normalmente, quando a sua situação se torna pública é porque já tem indícios de dependência. A mudança de comportamento, o baixo rendimento na escola e no emprego, o envolvimento no trânsito, os furtos dentro de casa para comprar drogas, as agressões e as passagens pela polícia evidenciam por si mesmos. Por quanto você tente disfarçar e faça cara de paisagem, o problema  está escancarado. 

Todo mundo sabe, exceto seus pais. Na realidade eles fazem de conta que não sabem. Dão uma de avestruz. Enfiam a cabeça debaixo da terra para não ver. Não é por maldade ou por indiferença. É por sobrevivência. Mas mentira não é prova de amor. O amor quer o bem do outro. E o bem do outro exige honestidade.

Cair em si mesmo, por fim, significa se dar conta que você não nasceu para isso. As drogas, lícitas ou ilícitas, acabam não só com a saúde, mas com a sua dignidade. Elas o fazem desistir de ser gente e se tornam um “nóia”. Mandam você fazer coisas que o ser humano não faz. Arrancam de você os afetos mais importantes para você se entregar totalmente a elas. A sua vida acaba literalmente numa “pocilga” como aconteceu com o jovem da Parábola. Cair em si é se re-aproximar de sua verdadeira identidade e se re-apoderar de sua dignidade. Cair em si, portanto, é sair fora das garras das drogas e se jogar nos braços de Deus para matar saudade de seu amor paterno.

(a reflexão segue no próximo artigo)

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