“Saiu correndo, o abraçou e o cobriu de beijos...”
O amor incondicional
O amor é fundamental para o desenvolvimento e o
bem-estar psico-afetivo dos filhos. É indispensável no caminho da recuperação.
O amor incondicional é aquele que
não exige nada em troca, que ama sem se importar com a cor, idade, raça,
credo...; que não depende do que o outro faz de bom ou de ruim; é o caminhar na
vida carregando compaixão,
compreensão, perdão, tolerância, desapego; e não fica preso a palavras, gestos, fatos,
eventos, situações emocionais.
Amar é educar, disciplinar e corrigir. Quem ama cuida,
orienta, dialoga, coloca limites e chama os filhos à responsabilidade. Quem
cresce sem limites vira “parafuso de geléia”. Não está pronto para encarar os
desafios. Quando o bixo pega se esparrama todo.
“A TÚNICA, O ANEL, A SANDÁLIA E A
FESTA...” A DIGNIDADE DEVOLVIDA...
Essas atitudes do pai da Parábola beiram o inverossímil.
O filho vai embora, revela maior desprezo pelo pai, dilapida todos os bens,
apronta feito um danado, e ainda, ao voltar, é acolhido com uma grande festa.
A grandeza de Deus está na capacidade de perdoar e de
oferecer uma nova chance toda vez que for necessária. Nisso não há limites. É
nessa forma que precisa moldar as atitudes dos pais. A Parábola não ensina a
comprar roupa de grife para os filhos para agradá-los. A túnica representa
a nova vida. Lembra da veste branca que o padre entrega na hora do batismo. Ao
devolver a túnica para aquele menino, o Pai lhe diz que o passado está tudo
zerado e que está disposto a começar tudo de novo, devolvendo-lhe a dignidade
de filho... O anel representa o selo de um amor eterno. As sandálias
representa um novo caminho como ser humano livre.
Ao devolver tudo isso para o filho, o Pai revela que,
apesar de tudo aquilo que aconteceu, ele continua sendo o filho bem-amado.
Por fim, faz a festa. A casa do pai é pura sinfonia, é
alegria, é musicalidade.
Vivam esse clima toda vez que o filho decide voltar
para casa. Apesar de tudo, ele ainda está vivo. O pior é quando lhe entregam um
filho morto. Não desistam de seus filhos. Continuem acreditando neles.
“A REAÇÃO DO FILHO MAIS VELHO...” A
EMERGÊNCIA DA TERNURA E DO CUIDADO...
O filho mais velho é o cara “certinho”, que sempre faz
o que o pai manda. Cumpre todas as obrigações e nunca pensa em deixar esse espaço
cômodo e acolhedor que é a casa do pai. Na cabeça dele Deus é só dever, obrigação,
cobrança, proibição. Segundo ele, o mais novo não merece esse tratamento. O
amor de Deus não é a base de troca, mas é totalmente gratuito.
Os pais não amam os filhos pelos méritos. Amam de graça.
O amor , ou é gratuito ou não existe. É hora de repensar nossas atitudes. O
sentido dessa Parábola é a conversão mais radical que existe. Essa Parábola nos
oferece a saída da lei do servilismo para chegar à liberdade dos filhos de Deus
e a religião do amor. Essa conversão dura a vida inteira.
As drogas são um flagelo para a humanidade, mas podem
se tornar uma oportunidade de conversão da própria humanidade se despertarem em
nós a emergência do amor. É a falta de amor que, na maioria dos casos, empurra
a juventude nos braços delas e é somente o amor que pode ajudar a se livrar
delas.
Chega de exclusão e marginalização. O antídoto é a
acolhida com sabor de ternura. Ninguém dá conta sozinho.
“PARA ESCALAR A MONTANHA DA RECUPERAÇÃO
PRECISA DA UNIÃO DE TODOS”.
(fonte: Padre Xavier:missionário comboniano)
GRUPO DO AMOR-EXIGENTE:
Segundas-feiras às 19:30 na Esquina da Solidariedade (centro)
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